OS EMPRESÁRIOS E A POLÍTICA EDUCACIONAL: COMO O PROCLAMADO DIREITO À EDUCAÇÃO DE QUALIDADE É NEGADO NA PRÁTICA PELOS REFORMADORES EMPRESARIAIS
Luiz Carlos de Freitas
Resumo:
A despeito de que os empresários sempre estiveram tentando interferir com os processos
educacionais desde os tempos da teoria do capital humano, o que pode estar havendo de novo que esteja
motivando um redobrado interesse do empresariado pela educação? É possível que modificações no
processo de desenvolvimento econômico-social dos países, ou as próprias crises do capital, estejam
mobilizando os empresários? Acreditamos que sim. O atual interesse dos empresários tem aspectos
específicos que merecem ser examinados. Não é recomendável que acreditemos que “a história está se
repetindo”. Tal linearidade de análise nos desarmaria para o enfrentamento local das contradições que
estão postas por esta nova escalada do capital sobre a educação. A política educacional dos reformadores é
produzida para articular a necessidade de se qualificar para as novas formas de organização do trabalho
produtivo, ao mesmo tempo que preserva e amplifica as funções sociais clássicas da escola: exclusão e
subordinação. Está em jogo o controle político e ideológico da escola, em um momento em que algum
grau a mais de acesso ao conhecimento é exigido pelas novas formas de organização do trabalho
produtivo, novas exigências de consumo do próprio sistema capitalista e novas pressões políticas por
ascensão social via educação.
Palavras-chave: Política educacional; reformas educacionais; avaliação; trabalho produtivo.
O texto do Professor Titular da Faculdade de Educação da UNICAMP. E-mail: freitas.lc@uol.com.br, traz uma importante abordagem sobre o processo educativo em nosso país.
A privatização da educação só interessa a burguesia dominante. Veja maiores informações no site da revista Grminal marxismo e educação em debate disponível em: http://www.portalseer.ufba.br/index.php/revistagerminal/article/view/12594/8857
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