Charters: a batalha pelo pedagógico

Diane Ravitch divulga em seu blog a postura da cadeia americana de escolas charters chamada Eva Moskowitz. Primeiro, esta cadeia charter aparece no New York Times denunciada por maus tratos às crianças em sala de aula. Outros professores que deram aulas nestas charters atestam que esta é uma conduta recorrente na organização.
“A cultura é que: “Se você as fizer chorar, você conseguirá passar o seu ponto de vista”.
Esta mesma cadeia agora se recusa a assinar contrato de fornecimento de serviços com a Cidade de Nova York porque a Secretaria de Educação desta cidade quer exercer a supervisão de suas atividades. Segundo a cadeia charter Eva ela responde apenas à sua mantenedora e não à Cidade de Nova York.
Eis aí mais um problema para os nossos defensores das charters no Brasil. Hoje, no estado de Goiás, argumenta-se que a parte pedagógica estará sob controle da Secretaria de Educação do Estado, ficando apenas o administrativo por conta das charters contratadas. Mas como isso pode ser verdade se a responsabilidade por melhorar o IDEB fica com as escolas charters contratadas? Como pode o estado responsabilizar uma charter por resultados pedagógicos, se esta charter não controla o pedagógico, ou seja os próprios métodos e conteúdos?
Este é o futuro do “modelo” goiano. A desculpa de que o pedagógico continuará com a Secretaria é mais uma forma de “adoçar ” a privatização.
Fonte: www.avaliacaoeducacional.com

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