MANIFESTO DOS GRUPOS LEPEL/FACED/UFBA E GEPEC/ FACED/UFBA.


DIRIGIDO ÀS AUTORIDADES  DO BRASIL E EM SOLIDARIEDADE AOS AMIGOS, COLEGAS  E FAMILIARES DE MARCUS VINICIUS DE OLIVEIRA BRUTALMENTE ASSASSINADO DIA 04/02/16.
O LEPEL/FACED/UFBA, Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Física, Esporte e Lazer e, o GEPEC/ FACED/UFBA, Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo da Faculdade de Educação, da Universidade Federal da Bahia, Brasil, vem pelo presente MANIFESTO solicitar às autoridades do Brasil que investiguem e julguem rapidamente os assassinos do professor aposentado da UFBA, MARCUS VINICIUS DE OLIVERA  e, que reativem o programa estadual de proteção da Bahia, dos defensoras e defensores de direitos humanos, que encontra-se suspenso, da mesma forma que em vários outros estados do país. Queremos Justiça e queremos proteção aos que são perseguidos porque lutam por direitos humanos.
Manifestamo-nos, também, em solidariedade aos amigos, colegas e familiares de MARCUS VINICIUS DE OLIVEIRA, ressaltando que não somos somente nós que perdemos com este brutal assassinato, mas perde, sim, a HUMANIDADE.

Nos aliamos a todos que receberam com imenso pesar a notícia da morte de Marcus Vinicius de Oliveira, psicólogo, militante e defensor de direitos humanos. Marcus Vinícius vinha atuando na mediação de conflitos de terra entre comunidades rurais e fazendeiros na Bahia. Ele foi barbara e covardemente assassinado em uma emboscada, na noite do dia 04 de fevereiro de 2016, no povoado de Pirajuía, município de Jaguaripe, Bahia.

Reconhecemos também, assim como outras organizações, que defendem a classe trabalhadora o fizeram que, “desde o  período da ditadura empresarial-militar, Marcus Vinicius lutava por democracia, igualdade e justiça. Tem um papel emblemático para a construção de uma psicologia comprometida com os direitos humanos e as lutas sociais, e foi um importante militante da luta antimanicomial. Sua contribuição foi fundamental para a primeira condenação do Brasil na Corte Interamericana, no caso Damião Ximenes – torturado até a morte em uma clínica psiquiátrica -, caso do qual a Justiça Global é peticionária e cuja sentença foi significativa para o processo da Reforma Psiquiátrica.
Não nos calamos frente a este brutal e covarde assassinato porque também reconhecemos que “A morte deste defensor de direitos humanos ocorre num momento em que cresce de forma alarmante o número de casos de assassinatos de outros defensores e defensoras (são mais de seis apenas nesse início de ano) e vem confirmar a extrema fragilização da política de proteção a defensores dos direitos humanos”.
Nos propomos, também, como outras organizações da classe trabalhadora a enfrentar o capital e a defender os que lutam pela superação deste modo de produção que está levando a humanidade à barbárie. Nos propomos, também, a enfrentar  as causas estruturais das situações de destruição da classe trabalhadora, lhes tirando o direito a vida digna,
Marcus Vinicius de Oliveira, passa a ser mais uma de nossas referencias, de um lutador que defendeu os interesses do povo e que tombou, lutando por uma sociedade sem manicômios e contra a desigualdade e todas as formas de encarceramento da vida.
Como formadores de jovens a serviço da soberania da Nação Brasileira, nos solidarizamos, também, com os que persistem na luta para superar o modo do capital organizar a produção da vida e que por isto, estão sendo violentamente atacados por forças conservadoras e retrogradas em nosso pais.
                                                                                                Salvador, 05/02/16

Coordenações dos GRUPOS LEPEL/FACED/UFBA E GEPEC/FACED/UFBA

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